CANTINHO DO BETÃO: BATE PAPO – 03

Na semana passada, no sábado, eu e a Consorte fomos convidados para uma churrascada na casa da minha irmã, pra mode nos revermos, matarmos saudades e, depois dessa tarde feliz, à noite fui dar um trato na barba que já estava precisando de uma poda, mas, para meu espanto, deu pane no barbeador e só a gilete não teria condições de romper o matagal. Foi então, que começou o:

ABRIL TÉTRICO
É como diz o ditado: “dinheiro chama gasto”, a coisa começou por aí. O pagamento saiu antes do esperado e a primeira coisa foi o ventilador do quarto que pifou. Em plena segunda-feira, quando a Consorte fazia a contabilidade e eu curtia um sono gostoso. De repente, um barulho estranho no quarto. Meu parceiro de berço, o Juninho, pulou latindo, da cama e, quando olho para cima, o ventilador estava parado. Pensei que a luz teria acabado e acendi a luminária de minha cabeceira. Tudo certo. Havia sido o ventilador mesmo.   

A Consorte acionou o “Disk-Toninho” e, com muito custo e depois de muita insistência, ele só pode vir a tarde. Desmontou o aparelho e deu o diagnóstico: Comprar outro. Aquilo tudo já me foi dando nos nervos, pois tive que me levantar mais cedo por causa do calorão.    

No dia seguinte a Consorte foi comprar o ventilador novo e mais uma manhã que tive que pular cedo da cama, por causa do calor.  

À tarde, logo depois do almoço, o nosso consertador mor chegou com seus apetrechos e começou o serviço. A tardinha, serviço completo, aparelho testado e, após umas biritas, meu amigo se foi.   

De tão cansado que eu estava, por ter todo esse auê quebrado minha rotina, que bati um rango e me horizontalizei direto.  

Como a noite estava fresquinha, apaguei duro e fui até o dia seguinte, até que veio o calorão. Liguei o ventilador novo e logo  senti um vendaval no meu cangote, o fedepê parou no mesmo lugar e não fazia seus volteados de jeito nenhum. Era o botãozinho que dá giro ao ventilador que havia quebrado (hoje só fazem coisas descartáveis).   

Mais uma vez o Doutor Toninho foi acionado e pegando peças do ventilador que havia pifado, fez o transplante do botãozinho e a máquina funcionou.
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 Já fui intimado a pilotar o fogão para o almoço da sexta-feira Santa. Vou aproveitar umas postas de filé de pintado que estão no congelador e fazer com abacaxi. Na quinta-feira, já vou comprar os demais ingredientes para uma legumada,  o que vai agradar aos veganos e vegetarianos e espero que durante a cozinhança não acabe o gás. Aí a semana urucubatística estará completa.
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Quando a gente aposenta, pensa que vai ficar só no frozó, batendo perna para lá e para cá, aí, então é que começam os problemas. Hoje a longevidade está bem maior e os velhinhos estão reinando , mas os “Homens” estão em cima querendo saber se estamos vivos, principalmente nós aposentados que, além do imposto de renda, temos que pagar a Previdência que rouba quase metade do nosso salário, mas, como diz o ditado: - “Aposentado é igual cachimbo”...   

Vai começar o Censo onde você tem que reunir toda a sua papelada e se apresentar para demonstrar que ainda vive, do contrário, seu minguado salário será suspenso.  

A partir da próxima semana, estarei publicando um conto que escrevi para um Censo anterior, que foi o mais puxado. O de agora pode ser feito “on line”. O Conto se chama: CENSO U RADO.