Saúde
64% da população não costuma utilizar preservativos na relação sexual, diz estudo
Do total dos integrantes da pesquisa, 72% na idade entre 40 a 44 anos apontaram não costumar fazer uso da camisinha
Ter, 28 Fevereiro de 2023 | Fonte: Da Assessoria
Aproximadamente 1 milhão de pessoas afirmaram ter diagnóstico médico de Infecção Sexualmente Transmissível (IST) ao longo de 2019, correspondendo a 0,6% da população com 18 anos de idade ou mais. A informação é da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada em 2021, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já o Unaids - programa das Nações Unidas, desenvolvido para prevenir o avanço do HIV - apontou que entre 2010 e 2018, por exemplo, a taxa de transmissão do vírus no Brasil cresceu 21%, enquanto sofreu queda de 16% em todo o mundo.
Sabe-se que o uso de preservativos, as famosas “camisinhas”, são cruciais na redução da incidência de IST. Além disso, elas dispõem de um papel essencial quando se fala em evitar gestações não planejadas, tendo em vista que, no país, a iniciação sexual é cada vez mais precoce. Acerca do assunto, inclusive, dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc/SUS) indicaram que um em cada sete nascimentos é oriundo de mães adolescentes. E, relacionado ao tema, o mais recente estudo da Famivita revelou que 64% da população não costuma utilizar preservativos na relação sexual.
Em se tratando da faixa etária, do total geral de integrantes do estudo, 72% apontaram não ter o costume de usar camisinha, na idade entre 40 a 44 anos. Referente ao grupo dos 25 aos 29 anos, 68% explicaram não fazer essa utilização. O estudo também trouxe a informação que 92% dos entrevistados têm ciência de que o preservativo evita as IST 's.
Os dados coletados por estado revelaram que no Distrito Federal 52% dos participantes têm o hábito de usar preservativo. Em Minas Gerais, esse número foi de 29% e, no Rio de Janeiro, 32%. Já no Ceará e no Rio Grande do Norte, 43% e 15%, afirmaram fazer essa utilização, respectivamente.
A evolução do preservativo: uma breve linha do tempo
A primeira camisinha com reservatório para o esperma surgiu em 1901, nos Estados Unidos, mas a verdadeira evolução delas ocorreu com aquelas feitas de látex, a partir de 1880. Tal fato representava um avanço, pois desse modo elas eram mais finas do que as iniciais, de borracha, necessitando de um menor trabalho para serem produzidas.
Estima-se que em 1935 cerca de um milhão e meio de camisinhas foram comercializadas nos Estados Unidos. Nos períodos seguintes, contudo, elas caíram em desuso, principalmente após o advento da pílula anticoncepcional.
A partir de 1980, o HIV modificou a consciência mundial a respeito da sexualidade, notadamente quando se fala em sexo seguro. Assim, a camisinha voltou à cena, e como uma heroína, posto que é o único método capaz de reunir, em apenas uma ferramenta, a prevenção à gravidez indesejada e às infecções sexualmente transmissíveis.
No Brasil da década de 1980, por exemplo, começo da epidemia de HIV, os preservativos eram distribuídos apenas em datas específicas, como o Carnaval e o “Dia Mundial de Luta Contra Aids”, mas, de 1994 em diante, iniciou-se a distribuição ampla deles, através do Sistema Único de Saúde (SUS), facilitando o acesso da população.
Veja Também
O fim da Aids é uma escolha política e financeira dos países e lideranças que estão seguindo esse caminho e estão obtendo resultados extraordinários, o que p...
De janeiro a agosto, o Brasil registrou 945 casos confirmados ou prováveis de mpox. O número supera o total de casos notificados ao longo de todo o ano passa...
A Federalwide Assurance (FWA) publicou, no dia 23 de agosto, a certificação que garante ao Núcleo de Ensino e Pesquisa (NEP), da Caixa de Assistência dos Ser...
Últimas Notícias
- 07 de Setembro de 2024 IHP faz ação conjunta com instituições para alertar nível crítico da saúde do rio Miranda
- 07 de Setembro de 2024 MPMS: pedido de bloqueio no valor de R$ 35 milhões para reparação de danos causados por desmoronamento de barragem é acolhido pela Justiça
- 07 de Setembro de 2024 NFL no Brasil: 7 comportamentos mostram jeito diferente de torcer
- 07 de Setembro de 2024 Egresso do IFMS escolhe profissão para ajudar no desenvolvimento do lugar onde nasceu
- 07 de Setembro de 2024 Teto de prédio histórico no Casario do Porto em Corumbá desaba
- 07 de Setembro de 2024 Sob forte sol e clima seco, população celebra a Independência e resgata a memória do 7 de Setembro
- 07 de Setembro de 2024 Tradição, público cativo e conscientização marcam desfile da Independência em Campo Grande
- 07 de Setembro de 2024 Solenidade e desfile cívico-militar marcam celebração do 7 de Setembro em Corumbá
- 07 de Setembro de 2024 POLÍTICAS PÚBLICAS PARA RESSOCIALIZAÇÃO
- 07 de Setembro de 2024 SOU POETA
- 07 de Setembro de 2024 SUPL. LITERÁRIO A ILHA: EXISTÊNCIA E RESISTÊNCIA
- 07 de Setembro de 2024 SEMEAR COM CONSCIÊNCIA
- 07 de Setembro de 2024 QUEM DÁ OUVIDOS A FOFOCAS PERDE O PRÓPRIO ENREDO DA VIDA
- 06 de Setembro de 2024 “Nenhum país é independente quando tolera ameaças à sua soberania”, diz Lula, em fala de 7 de setembro
- 06 de Setembro de 2024 Em concurso inédito, PCDF publica edital com 740 oportunidades administrativas