Luiz Carlos Amorim
ENSINO E LINGUÍSTICA
Sáb, 28 Junho de 2025 | Fonte: Luiz Carlos Amorim
A linguística estuda as maneiras de se falar uma língua em diferentes regiões onde ela é adotada. Então falar, seja como for, é uma questão linguística. Isso quer dizer que a lingüística respeita os diferentes modos de falar uma língua, o que não quer dizer que ela sugere o abandono da gramática, do ensino da normas de bem falar e bem escrever o português, por exemplo.
Recentemente, ainda, escrevi sobre a possibilidade que aventaram de levar o “internetês” para a escola, o que já seria um aviltamento generalizado da língua. Agora me aparece essa notícia, dando conta de que o MEC cometeu o disparate de comprar uma fortuna em livros que não ajudarão em nada os estudantes no aprendizado de um bom português, muito pelo contrário: dá passe livre para que as pessoas falem do jeito que bem entenderem. Consequentemente, vão escrever assim também. Aliás, muitos já escrevem mal, porque não conseguem sequer enunciar uma ideia.
Pois o livro em questão prega que falar “nós pega o peixe” ou “os menino pega os peixe” é uma maneira correta de falar e quem disser o contrário é preconceituoso, está praticando “preconceito lingüístico”. Ora, vivemos insistindo que a qualidade de nosso ensino fundamental e médio deve melhorar, para que nossos alunos aprendam efetivamente a ler e escrever – mais que isso, que entendam o que leem e consigam se comunicar, se fazer entender ao escrever um bilhete, uma mensagem, uma carta. E aí vem o Ministério da Educação, que deveria primar pela boa qualidade do ensino no país, e gasta um uma cifra enorme do dinheiro público para comprar um livro que apregoa o assassinato da língua portuguesa, mais do que já foi feito até aqui?
Recentemente, ainda, escrevi sobre a possibilidade que aventaram de levar o “internetês” para a escola, o que já seria um aviltamento generalizado da língua. Agora me aparece essa notícia, dando conta de que o MEC cometeu o disparate de comprar uma fortuna em livros que não ajudarão em nada os estudantes no aprendizado de um bom português, muito pelo contrário: dá passe livre para que as pessoas falem do jeito que bem entenderem. Consequentemente, vão escrever assim também. Aliás, muitos já escrevem mal, porque não conseguem sequer enunciar uma ideia.
Enquanto, de um lado, tenta-se unificar a língua portuguesa em todos os países onde ela é o idioma oficial, no Brasil adotou-se a reforma, mas o governo distribuiu “obra” desobrigando nossos estudantes de primeiro e segundo grau e os cidadãos em geral de aprender e praticar o português correto.
Com a educação já falida neste nosso pais, com novas modificações aprovadas para o Ensino Médio e para o fundamental também, mais este livro nefando distribuído igual bala aos alunos das escolas públicas, a luz no fim do túnel fica cada vez mais tênue. Isso sem contar com pandemia, que veio complicar ainda mais o que já estava ruim, com um apagão, na escola, de quase dois anos. É preciso resgatar a educação em nosso país. E logo. Linquística não é falar errado metodicamente e propositadamente.
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