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Mato Grosso do Sul terá quase R$ 4 milhões para ampliar cuidados com a saúde da mulher no SUS

Pacote de serviços ginecológicos beneficiará 1,2 milhão de mulheres no estado; Saúde destina R$ 400 milhões para substituir aceleradores obsoletos no país, com abertura de inscrições prevista para 14 de julho.

Sáb, 28 Junho de 2025 | Fonte: Assessoria Ministério da Saúde


O Mato Grosso do Sul será contemplado com um investimento federal de R$ 3,91 milhões voltados à saúde da mulher. O recurso integra a Oferta de Cuidados Integrados (OCI) em ginecologia, anunciada nesta terça-feira (24) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, dentro do programa Agora Tem Especialistas. A iniciativa vai agilizar o acesso a consultas, exames e procedimentos no Sistema Único de Saúde (SUS). No estado, 1,2 milhão de mulheres em idade fértil serão beneficiadas. No total, o investimento federal será de R$ 300 milhões por ano em todo o país.

“Elas são a maioria da população e dos usuários do SUS. Para nós, faz todo sentido a saúde da mulher ser uma prioridade absoluta do Ministério da Saúde”, afirmou o ministro Alexandre Padilha, ao destacar que a saúde da mulher é uma das áreas de destaque do programa. 

No atendimento com o modelo de OCIs, as mulheres com endometriose e sangramento uterino anormal, por exemplo, terão diagnóstico mais rápido e acesso à cirurgia ou ao tratamento. A partir do encaminhamento realizado pelas equipes da Atenção Primária, elas terão à disposição, em um único pacote, a consulta médica especializada, a biópsia do endométrio, outros exames necessários e a teleconsulta de retorno, que também pode ser presencial. 

Outras possibilidades da Oferta de Cuidados Integrados - cujo foco são a realização de exames preventivos essenciais, diagnóstico e tratamento - incluem procedimentos como ultrassonografia transvaginal, histeroscopia cirúrgica com biópsia e sedação, além de ressonância magnética de bacia, pelve e abdômen inferior. 

Fortalecimento do acesso à radioterapia

Para ampliar e qualificar o acesso ao tratamento do câncer, o ministro da Saúde também anunciou a criação do Plano de Expansão da Radioterapia no SUS (Persus II). O objetivo é substituir os aceleradores lineares obsoletos e estruturar os estabelecimentos de saúde habilitados para prestarem serviços ao SUS e que contam com casamatas vazias. Casamatas são estruturas de concreto reforçado, frequentemente com chumbo, projetada para abrigar o acelerador linear e outros equipamentos utilizados no tratamento de radioterapia.  

Com investimento de R$ 400 milhões, o Ministério da Saúde vai adquirir novos equipamentos. Para selecionar os hospitais públicos e filantrópicos que vão recebê-los, o ministro apresentou o edital de chamamento no qual a abertura das inscrições está prevista para o dia 14 de julho.

O Persus II integra as ações do Agora Tem Especialistas, que objetiva consolidar a maior rede pública de prevenção, diagnóstico e controle do câncer. “Vamos garantir a meta de ter 121 novos aceleradores lineares até o final de 2026 em funcionamento no SUS. Com equipamentos mais modernos, teremos maior precisão e capacidade de atender mais pacientes por dia”, destacou Padilha, ao lembrar que os novos equipamentos vão ampliar o cuidado para mais de 72 mil pacientes a cada ano. 

Pela primeira vez em décadas, o país investe de forma estruturada no acesso à radioterapia no SUS. Além dos novos aceleradores lineares, o programa Agora Tem Especialistas viabilizou a criação do Super Centro Brasil para Diagnóstico de Câncer que, com a participação de instituições de saúde de excelência – como o Inca e o hospital AC Camargo -, vai ofertar teleconsultoria, telelaudos e telepatologia.

Correio de Corumbá

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