Ahmad Schabib Hany
EDSON MORAES, O MESTRE
Ter, 20 Maio de 2025 | Fonte: Ahmad Schabib Hany
Jornalista, Radialista, Poeta e Cidadão do Mundo (maiúsculas) à frente de seu tempo, Edson Moraes vem desde meados de 1970 nos ensinando generosa e encantadoramente o ofício de informar formando. Muito melhor que a academia entupida de normas e regras, mas que a rigor não pratica os princípios necessários para uma profissão cada vez mais esgarçada -- não por falta de escolas, mas por falta de ética.
Por que escrevo sobre o Jornalista Edson Moraes? Simplesmente porque com ele passei a compreender a sutileza da política, a entender que jornal não é "tudo igual" e, sobretudo, que Jornalista não é "todo igual". Afinal, ele pertence à geração que, não por acaso, ficou conhecida como "de ouro" pelo desassossego, talento, sagacidade e, sobretudo, irreverência.
Edson Henrique Figueiredo de Moraes. No início, Edson "de" Moraes. Tanto nas rádios como nos jornais ainda em Corumbá. Depois que se mudou para Campo Grande, passou a assinar Edson Moraes, sem a preposição que seu sobrenome paterno possui. Humilde, direto e espontâneo, sem qualquer salamaleque.
Meu primeiro contato com o Jornalista Edson Moraes foi por meio do texto impresso. Em letras de chumbo, muitas vezes com a tinta ainda fresca no papel jornal. Quem é dessa época sabe que o gosto pelo jornal também tem a ver com o cheiro dessa tinta e do chumbo que informa, diverte, entretém e forma. Inicialmente, com tipos móveis; depois a linotipo da Folha da Tarde, a primeira a usar a "novidade" em Corumbá (embora na década de 1950, antes do golpe de 1964, o diário A Tribuna já usasse e abusasse de linotipos, clichês e teletipos -- o jornal era mais lido que o Diário da Serra e o Correio do Estado, de Campo Grande, juntos).
O texto de Edson Moraes sempre foi envolvente, revelador, elegante e, acima de tudo, informativo e formativo. Isso já em meados da década de 1970, auge da censura e em plena vigência da ditadura militar de triste memória. Corumbá então respirava o cosmopolitismo reinante do início do século XX, em que, como entreposto comercial de importância continental, não só movimentava mercadorias, mas atraía imigrantes de todos os continentes e miscigenava sem qualquer comedimento povos e culturas.
Para que o/a leitor/a compreenda bem é preciso ilustrar melhor o contexto em que Edson Moraes conquistou reconhecimento meritório e inquestionável, até porque havia muitas barreiras, sobretudo políticas e sociais, para qualquer jovem ganhar espaço em um tempo de falta de liberdades democráticas. Para tanto, dedicaremos dois parágrafos sem ter a pretensão de esclarecer tudo, mas para esboçar breve panorama ilustrativo.
A despeito de ainda não dispor de rodovia que a conectasse ao novo eixo econômico posterior à Segunda Guerra Mundial, Corumbá era servida -- e muito bem servida -- por via fluvial, ferrovia e linhas aéreas, nacionais e internacionais. Sua conexão refletia com propriedade o cosmopolitismo calcado em seu dia a dia ruidoso e sedutor. Ainda estávamos livres da colonizadora e perversa "vênus platinada", pois o meio de informação era plural e diverso: jornais e revistas do Rio de Janeiro, São Paulo, Cuiabá, Campo Grande, La Paz, Cochabamba, Santa Cruz de la Sierra, Assunção, Buenos Aires e Montevidéu. Além da radiofonia, bastante competente e até inovadora, tanto que servia de referência para as vozes veteranas e os jovens talentos. Ah, sim, e cinco salas de cinema: Tupi, Anache, Santa Cruz, Dom Bosco e Ladário.
Pelo menos dois voos diários conectando Corumbá a São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Cuiabá e Campo Grande, a provinciazinha recalcada que se valeu da ditadura para realizar sua pretensão de virar capital de estado. As conexões internacionais, via Bolívia, eram feitas ao menos duas vezes na semana pela Cruzeiro do Sul, e antes pela Panair e pelo Lloyd Aéreo Boliviano (LAB), que mais tarde, por questões inerentes ao populismo do ditador mais sanguinário da história boliviana, Hugo Banzer Suárez, ficaram restritos (os voos e mais tarde os trens de passageiros) ao campo de pouso de Puerto Suárez [o Aeroporto Internacional de Puerto Suárez foi inaugurado em 1984 pelo presidente constitucional Hernán Siles Suazo, da UDP, o mesmo que a tornou capital de província, Germán Busch -- até então pertencia à província de Chiquitos, cuja capital é Roboré] e à estação ferroviária de Puerto Quijarro, na fronteira com Corumbá. No início havia uma linha de ônibus -- da Centenário, depois Canarinho -- que transportava duas vezes por dia os passageiros entre Corumbá e Puerto Suárez.
Primeiro na Sociedade Rádio Clube de Corumbá Ltda. -- a Jovem Clube, com prefixo "ZYX-29, 1410 KHz", entre 1969 e 1976 parceira do Diário de Corumbá (refundado pelo Jornalista Carlos Paulo Pereira, ex-redator por décadas de O Momento) --, onde o jovem Edson Moraes começara como repórter e não demorara muito para ter o talento reconhecido, passando a ser locutor e noticiarista (era assim como os redatores e apresentadores de notícias eram chamados, até porque cabia a eles mesmos escrever o texto que servia de base para a apresentação do programa jornalístico). Todos os seus contemporâneos são também grandes revelações, cuja contribuição não ficou limitada à região desta fronteira, sobretudo na radiofonia: Jonas de Lima, Gino Rondon, Adilson Lobo, Juvenal Ávila, Augusto Alexandrino Malah, Marília Rocha, Mariluce Brasil e Rosângela Ruas.
Em razão de haver recebido convite para trabalhar, além da radiofonia, no jornalismo, a então jovem revelação chamada Edson Moraes migra, com outros companheiros, para a Rádio Difusora Mato-grossense S/A, A Pioneira. Além de dispor de novos profissionais chegados de centros maiores -- caso dos Jornalistas Daniel Lopes e Luiz Gonzaga Bezerra (o primeiro ex-correspondente de O Globo em Cuiabá, e o segundo renomado repórter especial do Jornal do Brasil) --, a emissora cujo prefixo foi "ZYA-2, 1490 KHz", integrava o Consórcio Corumbaense de Comunicação, a que três jornais eram vinculados -- Folha da Tarde, O Momento e Correio de Corumbá -- e os profissionais tinham diante de si a oportunidade de enveredar pelo Jornalismo com maior desenvoltura.
Sob a direção de Daniel Lopes e a chefia de redação do grande Jornalista Luiz Gonzaga Bezerra, Edson Moraes logo se transformaria na grande revelação do período na Folha da Tarde e na Difusora. Além de repórter e redator, foi cronista esportivo e analista político -- "No bolso do repórter" era a coluna da FT que todo leitor atento à política local fazia questão de ler com ansiedade assim que o vespertino ganhava as ruas da cidade, a partir das 15 horas, de segunda a sexta-feira. A coluna assinada por Edson Moraes era equivalente à "Coluna do Castello" ou ao "Painel" de matutinos como Jornal do Brasil e Folha de S.Paulo, que chegavam no mesmo dia, começo da tarde, de avião.
Humilde, Edson Moraes atribui seu talento à firme orientação desses dois Jornalistas. Justiça seja feita, talento dele mesmo. Daniel Lopes e, sobretudo, Luiz Gonzaga Bezerra podem ter lapidado a pérola. E a humildade foi decisiva, pois, diferentemente de outros talentos, não perdeu o "prumo" e o "rumo". Quando o projeto dirigido por Daniel Lopes naufragou -- uma espécie de "Titanic" na comunicação, pois não só a concessão da Rádio Difusora Mato-grossense S/A como o título da Folha da Tarde com todos os bens a elas vinculados foram para leilão e mais de duas dezenas de empregos bem remunerados se perderam.
Com o dinheiro da indenização trabalhista do Consórcio Corumbaense de Comunicação (obviamente, cada qual com seu CGC, a Folha e a Difusora), Edson Moraes manteve seu foco no Jornalismo e, em sociedade com o saudoso gráfico Manoel de Oliveira, fundou o ainda mais intrépido, instigante e ousado vespertino O Tempo, com sede à Dom Aquino quase esquina com Antônio Maria. Creio que o imóvel servia de residência para o sócio do Edson, até como forma de velar pelo patrimônio recém adquirido (não faltavam as ameaças dos "donos do poder", incomodados pela linha combativa de Edson Moraes).
Daniel Lopes e Luiz Gonzaga Bezerra, do mesmo jeito que vieram, se foram. As notícias dão conta de que Lopes retornou para seu estado, Goiás. Gonzaga, que era pé no chão e não escondia sua paixão por Corumbá, preferiu se fixar para o resto de sua existência em Campo Grande, antes de que se transformasse na "Nova Cap" com a divisão de Mato Grosso para dar uma sobrevida ao regime de 1964. Gonzaga, mesmo em Campo Grande e apesar do desdém que sofrera naquela província de terra roxa, nunca abandonou a simplicidade e a vocação de revelador de talentos, generoso e cordial como sempre foi.
Edson, além da Amizade, sempre teve em Gonzaga um Mestre. Mas Edson sempre foi Mestre, também. E, assim, ainda que em veículos díspares, os dois mantiveram Amizade profícua e generosa. As poucas vezes que tive a honra de rever Gonzaga na ainda "Nova Cap" foi durante as longas e interessantes -- pelo menos para mim -- reuniões de fundação do Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso do Sul, aliás, Associação dos Jornalistas Profissionais de Mato Grosso do Sul, sobretudo na Rua Saldanha da Gama [número que lamentavelmente não recordo], era uma sede intersindical: além do futuro SINDJOR-MS, estavam lá o Sindicato de Técnicos em Enfermagem, Sindicato de Trabalhadores na Indústria Metalúrgica, Sindicato de Trabalhadores da Indústria de Alimentos e Sindicato de Trabalhadores Rurais, este último sob comando do querido e saudoso Senhor José Rodrigues dos Santos e do leal Camarada Saturnido [cujo sobrenome nunca soubemos].
O TEMPO
Não me esqueço do "layout" do primeiro "facsímile" de O Tempo (isto é, a capa da primeira edição): o editorial de primeira página vinha delicadamente em formato de letra "T", sugerindo ao mesmo tempo uma taça para brindar com o leitor. Eu me senti incluído nesse projeto. Tanto que me permiti fazer o que fazia no tempo da Folha da Tarde no emblemático imóvel da Difusora, na Treze de Junho, em frente de onde hoje é a agência do Banco do Brasil. As visitas à modesta redação de O Tempo eram frequentes, e por minha conta e risco. Nem sempre encontrava os dois sócios, muitas vezes era a Família do gráfico que estava lá, o que representava fazer meia-volta e volver... (Afinal, ainda reinava o regime militar.)
A logomarca era simples, sim, mas forte, impactante. Assim como o conteúdo do jornal. Mas na rua O Tempo era conhecido como o "jornal do Edson". O decano dos jornaleiros, saudoso Seu Martins, vendia os exemplares anunciando o nome do redator e diretor do jornal. Isso aconteceu com o Tribuna Livre, semanário fundado pelo Professor Valmir Batista Corrêa (composto e impresso na antiga gráfica do Correio de Corumbá), chamado por todos de "Jornal do Valmir", mesmo que o diretor na primeira fase fosse o Jornalista Manoel Vicente. O Diário de Corumbá, ainda que tivesse sido fundado pelo Jornalista Carlos Paulo Pereira e dirigido, respectivamente, por Ronei Nunes Pereira, Carlos Paulo Pereira Jr. e Waldir Nunes Pereira, acabou conhecido como "Jornal do Márcio" em sua fase de maior combatividade, em referência ao saudoso Jornalista Márcio Nunes Pereira, que, rebelde, fundara A Gazeta, de vida efêmera, em sociedade com o Jornalista Roberto Hernandes, em 1980. Quando o saudoso Jornalista Farid Yunes Solominy assumiu e dirigiu o emblemático Correio de Corumbá, também passou a ser chamado de "Jornal do Farid", aliás, até hoje, mesmo o Jornalista Alle Yunes Solominy Neto sendo diretor-responsável já há alguns anos.
Quando Edson Moraes teve que fechar às pressas o jornal e se mudar para Campo Grande -- oficialmente por ter uma recebido proposta irrecusável de emprego e ter noivado com a sua Companheira de Vida, Dona Suely Caballero de Moraes, mas, a bem da verdade, em consequência da série de reportagens sobre um cemitério clandestino em Urucum --, todos os leitores, consternados, ficaram simplesmente órfãos. Foi com essa sensação que fui até a redação de O Tempo, desta vez em companhia de Juvenal Ávila de Oliveira e João de Souza Alvarez, leais Companheiros de O Clarim Estudantil, para nos despedirmos do emblemático e inovador vespertino, cuja combatividade abreviou a vida de um verdadeiro veículo de informação destemido e valoroso. O Jornalista Edson Moraes nos mostrara que com apenas seis páginas era possível virar do avesso o poder em tempos sombrios.
Seus conselheiros desde os tempos da Folha da Tarde eram os saudosos Doutor Gabriel Vandoni de Barros, o administrador Breno Ápio Bezerra (proprietário da Gráfica Bandeirantes, Filho do senador oposicionista Vicente Bezerra Neto), o economista Augusto Maurício Wanderley (ex-secretário de Planejamento de Corumbá e coordenador do curso de Tecnólogo em Administração Rural do Centro Pedagógico de Corumbá) e o poeta Osório de Barros ("Vovô Osório"). Por meio da lucidez desses apoiadores, O Tempo se manteve incólume ante as mais insólitas pressões políticas, sobretudo dos "viúvos" de Filinto Müller, o poderoso senador que falecera em acidente aéreo em julho de 1973, no auge do poder.
No entanto, mal sabe ele que fiz, ainda adolescente, uma planta da modesta sede do jornal e, nos devaneios de um púbere, construí uma história para o seu jornal, mas sem me apropriar dele. Acrescentei as noções de Jornalismo que fui desenvolvendo ao seu corajoso projeto, e assim O Tempo idealizado tinha cinco editorias -- Política, Esportes, Educação, Geral e Exterior --, dedicando uma página aos editoriais e artigos de opinião. Não me lembro por quê, excluí a de Polícia do jornal, mesmo sabendo que era uma seção muito procurada pelos leitores.
Gonzaga e Edson em Corumbá. Claudio Abramo e Mino Carta, minhas referências no Jornalismo brasileiro. A despeito de meu Irmão ter trazido do Rio de Janeiro vários "Cadernos de Comunicação", do Jornal do Brasil, sob a direção do Jornalista Alberto Dines, não sei por que não me havia deixado "seduzir" pelo ícone carioca do Jornalismo brasileiro, que pouco tempo depois foi ser diretor da sucursal do Rio de Janeiro da Folha de S.Paulo e colunista de praticamente página inteira do "Jornal dos Jornais", aos domingos, e depois diretor editorial da Editora Abril, tendo ficado responsável por publicações como Almanaque Abril, por exemplo. Dines foi o primeiro "ombudsman" não só do jornalismo brasileiro, mas do mundo inteiro.
Apesar de vivermos em plena ditadura, com meus 15 para 16 anos, me atrevi a fazer correspondências datilografadas para alguns representantes brasileiros de grandes indústrias gráficas. Juvenal Ávila, também sem saber, contribuiu para isso: sabia de minha fissura por tipos e fontes gráficas, quando a Difusora-Folha da Tarde estavam sendo desmontadas, mas ainda trabalhavam no prédio, e me presenteou com alguns exemplares em espanhol da revista alemã "Artes Gráficas". A edição especial por uma feira internacional da indústria gráfica na República Federal da Alemanha [creio que em Munique], de 1971, me permitiu conhecer em detalhes rotativas Goss e fotocomponedoras "a frio" Mergenthaler (a mesma da Linotype, da máquina pioneira que compunha "a quente" linhas tipográficas inteiras), e então resolvi "modernizar" o modesto O Tempo, com a ingenuidade de um moleque atrevido.
Nem meu saudoso Pai conseguia compreender como um ainda garoto pudesse receber esporadicamente correspondências em envelope grosso e lacrado de empresas de São Paulo. Obviamente, vinham em meu nome e endereço real. Mas eu, na correspondência, informara os fornecedores que se tratava de um jornal (idealizado por mim, com base em meu croqui d'O Tempo) para uma região com aproximadamente 100 mil habitantes, no Pantanal e que fazia fronteira com a Bolívia e o Paraguai, e uma tiragem de cinco mil exemplares. Pelo visto, tinha sido convincente, a despeito de minha total inexperiência.
Assustei quando vi o preço, no caso da impressora Goss Suburban, em libras esterlinas, aos milhares, e convertidas ao dólar oficial mais que o dobro. Gelei, ainda que sem maiores constrangimentos, com a experiência. Contudo, fiquei fissurado com as dezenas de fotos dos prospectos com depoimentos de clientes que haviam investido naquele maquinário. As fotocomponedoras, da IBM e da Mergenthaler, eram em dólares, mas cada unidade mais cara que um Corcel na concessionária local (essa era minha referência: um carro, uma casa...). Não tive consolo, a decepção me fez focar na continuidade dos estudos fora daqui.
Com a desenvoltura de quem não faz ideia do que é gerir um projeto desses, fiz questão de guardar a troca de correspondência no meio de minha "hemeroteca" (depois doada ao meu querido Amigo, Professor Valmir Corrêa, que, deve ter se assustado com essa correspondência insólita, mas nunca tocou no assunto). Só lembro ter guardado comigo o exemplar da edição especial da feira alemã da indústria gráfica de 1971, que me abriu, como uma enciclopédia, as portas para as artes gráficas. Mas isso só aconteceu porque, com a ingenuidade de um adolescente, quis "ajudar" meus Amigos do vespertino O Tempo. E decorridos quase 50 anos, cá estou para confessar ante o responsável pelo projeto original que informou e formou cidadãos e cidadãs para uma sociedade no mínimo mais desassossegada e solidária.
Mas como a Vida, tal qual a História, é um processo em que o imprevisível é determinante, entre 1980 e 1984, tive a honra e o prazer de trabalhar com Edson Moraes -- inclusive durante o projeto realizado no gabinete do Deputado Sérgio Cruz com o saudoso Senhor Mário Corrêa Albernaz, honesta referência na organização cidadã --, não mais tendo nos afastado, a não ser geograficamente, pois decidira retornar ao coração do Pantanal para continuar a experiência iniciada nos anos 1970. Décadas decorridas, informei-o sobre minha vontade de transformar a experiência do Consórcio Corumbaense de Comunicação em projeto de pesquisa para registrar aquele momento da história do Jornalismo, da política e da região, mesmo não tendo concretizado como gostaria.
Independentemente de tantas tentativas feitas ou ensaiadas, o protagonismo exercido por Edson Moraes e toda a sua geração de desassossegados talentosos e ousados já têm sua marca no Jornalismo, na Cultura, na Comunicação e na História. Óbvio, é preciso um documentário em vídeo e em texto completo, de modo a que as novas gerações constatem que em momento anterior à criação do curso de Jornalismo que nossa geração conquistou houve um processo de formação de profissionais com base literalmente na práxis. Ou se superavam os limites impostos, ou se sucumbia ante a cobiça do mercado predador. Nada, aliás, diferente do que ocorre hoje, porém sem hermetismo, eufemismos e, sobretudo, tergiversação.
Muita saúde e Vida longa, Edson Moraes e demais integrantes da geração "de ouro", que abalaram as estruturas durante os derradeiros anos da ditadura!
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