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Gregório José

TALENTOS DESPERDIÇADOS POR CHEFES INCOMPETENTES

Sáb, 20 Abril de 2024 | Fonte: Gregório José


Gostaria de abordar uma questão que toca a essência do ser humano, um tema que muitas vezes é deixado de lado em meio à correria do dia a dia, mas que merece toda nossa atenção e reflexão: a autoestima no ambiente de trabalho.

Quantas vezes nos deparamos com profissionais brilhantes, verdadeiros talentos em suas áreas, que carregam consigo um peso invisível de autocrítica e insegurança? São aqueles que, mesmo entregando resultados excepcionais, questionam sua própria competência, achando-se indignos de reconhecimento ou valorização.

E o que causa esse paradoxo tão comum nos bastidores das empresas? Em grande parte dos casos, encontramos um vilão recorrente: o chefe que, envolto em seu próprio ego inflado, não só ignora as contribuições valiosas de seus subordinados, como também os menospreza, humilha e rebaixa.

Quantas pessoas chegaram ao poder de maneiras escusas e sem noção e subiram em uma gilete e se enxergaram no topo do mundo? De colegas de sala e de mesa a chefes duros e cruéis? Pessoas que se mostraram malévolas em todos os sentidos.

Aqui está a ironia cruel do mundo corporativo: um líder que se vangloria de sua própria grandiosidade, mas que, na verdade, é incapaz de reconhecer e nutrir o potencial daqueles que trabalham ao seu lado. Um chefe que se considera um mestre da gestão, mas que, na prática, é um aprendiz na arte da liderança humanizada.

E o que acontece com esses profissionais talentosos, mas constantemente desvalorizados? O brilho em seus olhos se apaga, a motivação se esvai, e o fogo que antes ardia em seus corações se transforma em cinzas de desesperança. Eles se tornam prisioneiros de um ciclo vicioso de autocondenação, convencidos de que são verdadeiros fracassos, quando, na verdade, são vítimas de um sistema cruel e desumano.

Mas há esperança, meus caros. Assim como o sol sempre brilha além das nuvens mais densas, a verdadeira essência do ser humano sempre ressurge das cinzas do desânimo. É preciso lembrar que o valor de um indivíduo não está nas palavras vazias de um chefe arrogante, mas sim na força de sua determinação, na profundidade de seu caráter e na qualidade de seu trabalho.

Que cada um de nós seja líder ou liderado, assuma a responsabilidade de nutrir um ambiente de trabalho baseado no respeito mútuo, na empatia e no reconhecimento sincero do talento alheio. Somente assim, poderemos construir organizações verdadeiramente produtivas, onde o potencial de cada um seja cultivado e celebrado, e onde todos possam brilhar na plenitude de seu ser.

Correio de Corumbá

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