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Rosildo Barcellos

O PAPEL DA MULHER NOS MOMENTOS DECISIVOS

Ter, 12 Março de 2024 | Fonte: Rosildo Barcellos


O PAPEL DA MULHER NOS MOMENTOS DECISIVOS
Bertha Lutz na cidade de Natal, em 1928

Não são todas as vezes que conseguimos ser ultores de nossos próprios atos. Todavia, a estatística e a pesquisa nos fazem estar sempre ponderando sobre o nosso futuro e o que poderá advir de nossos questionamentos. É notório o leque de diversificações que passou a família nos últimos dez anos e ouso dizer que é de extrema complexidade os processos que poderiam ser as molas motrizes destas mudanças. Mas tenho por certo que pelo menos os prognósticos  de políticas sociais e econômicas; assim como as expectativas sobre casamento, filhos e relações de gênero foram as mais evidentes.     

Outrossim no (PNAD 2010- Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio-IBGE), com 62 milhões de famílias dos quais 47% casais heterossexuais com filhos,19% famílias monoparentais (pai ou mãe);17% famílias sem filhos;11% pessoas sozinhas;4%famílias com parentes,8,4% famílias com filhos frutos de outra relação e 0,16% cônjuges do mesmo sexo. E esta mudança de ações e relações de décadas anteriores, também pressupõe alteração e melhor entendimento das leis que regem nossos caminhos ou até mesmo modificações se forem preciso. Daí a importância de se escolher bem através  do voto  as pessoas a quem passaremos a procuração de legislar por nós; assim como as que estão a frente do executivo; e assim encontramos alguns arrependidos; outros animados (ainda), mas mesmo assim esperamos um outro cenário em Corumbá para 2024.    

Destarte, o voto feminino foi garantido através do Decreto nº 21.076, de 24/02/1932, assinado pelo, então, presidente Getúlio Vargas, no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro. Mas o primeiro direito foi garantido cinco anos antes, quando a professora Celina Guimarães Viana adquiriu o registro para votar, o que a aponta até hoje como sendo a primeira eleitora do país.   

Quero que tenham a fleumática certeza de que, num país democrático o voto é essencial e temos perdido boas oportunidades. Mas voltando a história, em 1893, a Nova Zelândia se tornou o primeiro país a garantir o sufrágio feminino. No Brasil, o movimento tomou corpo através da ativista e bióloga Bertha Maria Julia Lutz (1894-1976). Em viagens pela Europa, onde estudou, e nos Estados Unidos ela acompanhou a luta dos movimentos feministas. Mulher corajosa e determinada, ela criou e participou de movimentos como a Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher e foi representante do Brasil na Liga das Mulheres Eleitoras. E o ato em comento, não coaduna com os anos de luta que tivemos para participar de eleições livres e democráticas. Não esqueçam que quando Alzira Soriano, a primeira mulher na América Latina a ser eleita para um cargo executivo: a prefeitura de Lajes, no Rio Grande do Norte; as mulheres nem sequer tinham o direito de votar.  Independentemente disso espera-se com muita vontade que os atuais governantes  se apropriem da sensibilidade feminina e priorizem políticas públicas culturais, de saúde, educação e moradia; posto que realmente se faz imperioso, retomar as condições razoáveis para uma acomodação econômica das famílias, neste momento de pós - pandemia! Feliz Dia das Mulheres!
*Articulista  

Correio de Corumbá

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