Rosildo Barcellos
QUEM OUVIR, FAVOR AVISAR!
Dom, 12 Fevereiro de 2023 | Fonte: Rosildo Barcellos

Dia 13 de fevereiro comemoraremos o dia mundial do rádio. Por isso lembro que a primeira questão que me intrigou a respeito da Voz do Brasil foi: por que algumas pessoas desligam o rádio ao ouvir o tema de O Guarani? O que existe neste programa de tão diferente? Esperava obter uma resposta. Qualidade sonora, unilateralismo, o programa de rádio de caráter oficial mais antigo do mundo carrega em si o peso de décadas de história. É interessante acompanhar sua evolução através dos tempos, numa trajetória que empolga os mais apaixonados pela história do Brasil. Criado em 1935, o noticiário começou como Programa Nacional, passou a ser chamado em 1938 de Hora do Brasil e, finalmente, em 1971, foi batizado como A Voz do Brasil. Ainda hoje, em muitas localidades o programa é uma das principais fontes de informação. A Voz do Brasil é um programa de rádio criado por Armando Campos para dar popularidade a Getúlio Vargas, seu amigo. Já foi chamada como Programa Nacional, mas de 1938 até os anos 70 era chamada de A Hora do Brasil.
Data de setembro de 1922, Rio de Janeiro. Durante as comemorações do centenário da Independência do Brasil realizou-se a primeira transmissão radiofônica no país, com um discurso do presidente Epitácio Pessoa. Ali se iniciava a longa trajetória do meio de comunicação mais popular do Brasil, e, durante muito tempo, o mais forte veículo de informação e disseminação de valores e ideias no país. O rádio comumente é voltado para atender às “súplicas” de seu público ouvinte, buscar respostas das autoridades se tornando, assim, um grande aliado e “amigo” daqueles que necessitam. Tanto que se voltam mais para os problemas do cidadão comum, com ênfase no noticiário esportivo e policial. Não raro, programas abertos à participação dos ouvintes, seja através de cartas ou telefone, se prestam a conselhos, resolução de problemas de saúde e emocionais.
E a nossa região foi pioneira também nisso. Numa nota divulgada no jornal “A Cidade de Corumbá’, relata o seguinte fato: “Alexandre Wulfs instalou há pouco em sua residência um aparelho de rádio para alto falante de três válvulas de ondas largas. A segunda cidade sul-mato-grossense a contar com recepção de rádio foi Corumbá, onde as primeiras recepções datam, pelo menos, de 1927. O rádio não serviu apenas como meio estritamente técnico, pois através dele foi possível informar, educar e também entreter. Destarte, o rádio nesse rincão desempenhou um papel especialmente importante, pois o antigo Sul de Mato Grosso era uma região com população rarefeita e onde, por esse motivo, eram menos desenvolvidas as vias convencionais de comunicação, e para essas populações o rádio era o meio mais fácil de receberem informações, possuindo assim um caráter também de um serviço social.
Por derradeiro afirmo: quantos grandes vozes a Cidade Branca ouviu ecoar em suas esquinas. Podendo citar Antônio Sebastião Ávila, que começou num domingo, em setembro de 1960, assim como Jonas de Lima que antes de ser radialista trabalhou nas lojas Buri e na Paulo Leandro. Do mesmo naipe, Joel de Souza que começou em 1974 na sobreloja do edifício Anache, Luiz Ribeiro Quidá. que faz a referência histórica do título deste artigo e o amigo Reginaldo Coutinho, delegado sindical dos radialistas de Corumbá, que fez uma entrevista comigo em pleno carnaval corumbaense, na ocasião em que eu fui jurado. Chicão de Barros, que fez em 2022 uma belíssima cobertura do carnaval e Augusto Alexandrino dos Santos (o Malah). Certamente com esses nomes as grandes vozes da nossa cidade estão bem representados. É certo que o resultado da comunicação pelo rádio é incontrolável. Ela é sempre mágica, etérea, esvoaçante, volitiva, quase uma quimera. E que essa magia se perpetue.
*Articulista.
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